Sunday, March 7, 2010

Nexus One - Primeiras Impressões

Já tem quase um mês que venho usando o novo celular do Google: o Nexus One.


Comprei o celular em substituição ao BlackBerry Bold (9000) que eu tinha por não estar satisfeito com a experiência de estar conectado que o BlackBerry proporcionava. Um dos pontos mais fracos eram os navegadores web, muito aquém do que eu consegui fazer via WiFi com meu iPod Touch.


Aparentemente a escolha natural para mim seria migrar para o iPhone, mas acabei optando pelo Nexus One pelas razões que listo a seguir:




  • O Nexus One não possui versão bloqueada, ou seja, você pode viajar para o exterior e colocar um SIM local para usá-lo sem pagar roaming internacional.

  • Tendo optado pelo iPod há anos, estou bastante acostumado a viver no ecossistema da Apple e sei o quanto minha idéia de liberdade é diferente da do Steve Jobs. O ecossistema do Android Market, apesar de pelo menos 10 vezes menor que o da AppStore da Apple, tem muito mais liberdade e potencial de crescimento, em minha opinião.

  • No Natal de 2009 eu dei um Motorola Dext para minha mãe que vinha equipado com o Android 1.6 e gostei bastante deste sistema operacional. Isto me fez ver o Android com outros olhos.

  • Nas publicações especializadas, vi muitos elogios para a velocidade do aparelho Nexus One, sendo, até então, o único celular com processador de 1 GHz existente. Outro ponto forte era a sua tela, a mais bonita e de maior resolução no mercado.

  • Sendo um fã dos aplicativos móveis da Google e sabendo que a Apple já bloqueou aplicativos Google de ingressar na AppStore, resolvi priorizar o Android Market.

  • A câmera fotográfica do Nexus One possui 5MP e flash.

  • O Nexus One é verdadeiramente multitarefa.

  • Finalmente, um dos podcasters técnicos que eu mais respeito, o Leo Laport, defensor de longa data do iPhone, migrou para o Nexus One e não cansa de dizer o quão satisfeito ele está com a troca.


Um importante ponto a colocar no início da análise é que o Nexus One ainda não está disponível no Brasil. Assim, para adquirí-lo você precisa fazê-lo em um país no qual sua comercialização já é realizada. No meu caso, eu comprei através do Mercado Livre.


A primeira experiência com o celular é a abertura da embalagem do produto. O pacote é muito bem montado e não fica nada a dever para a do o iPhone. Acompanham o celular uma capa de proteção, um carregador de parede, um cabo USB para ligar no micro, um headphone com controles multimídia (play/pause, avançar e retroceder) com microfone integrado, uma bateria e um cartão microSD de 4GB.


O que impressiona logo de cara ao ligar o Nexus One é a qualidade da tela. As cores são vivas e brilhantes e o fundo de tela animado faz um efeito visual e dá idéia do quanto o hardware do aparelho é top de linha.


Para quem está acostumado com o iPhone ou iPod Touch, percebe-se de cara que a tela de toque não tem a precisão ou fluidez nas respostas apresentadas pela da Apple, mas ela é boa o suficiente para não causar irritação. Definitivamente ela é melhor que a tela de toques de outros aparelhos Android que eu já experimentei.


A minha primeira dificuldade ao migrar do BlackBerry para o Nexus One foi configurar a internet para o dispositivo. Possuo um plano de dados VIVO e o suporte telefônico não tem a menor idéia como lhe ajudar. Eles não conhecem o aparelho nem o sistema operacional. Pesquisando na internet, descobri que bastava configurar o APN (Access Point Name) para ele. Existe um PDF no site da VIVO informando os parâmetros a serem configurados para o plano VIVO Zap. Depois desta configuração o aparelho passou a funcionar em toda sua glória.


Os aplicativos que já acompanham o aparelho são muito bons, mas uma breve pesquisa no Android Market lhe introduz a um universo de aplicativos gratuitos que me deixou impressionado. Até hoje não deixei de encontrar um aplicativo que não substituísse os que eu uso no iPod Touch. Talvez o ponto mais fraco do Nexus One tem a ver com o gerenciamento de músicas. A interface de gerenciamento de músicas do iPhone e iPod Touch são, sem sombra de dúvidas, muito superiores a qualquer aplicativo de música do Android Market. Assim, não me vejo andando por aí sem meu iPod para ouvir músicas e ver vídeos.


Com relação à autonomia da bateria, faço uso intensivo da rede 3G nele, lendo e-mails, navegando na Web, "tweetando" entre outros, logo tenho que carregar o aparelho ao final de cada dia, mas sinto-me mais seguro se conecto ele via USB no meu micro de trabalho para melhorar a autonomia. O que mais consome bateria no Nexus One é a tela, 74% do total conforme informado pela janela de status do Android. Assim, se você precisar de longevidade, compre uma bateria adicional para poder trocar no meio do dia, ou então faça um uso criterioso da tela. Ainda assim, as informações que vejo por aí é que a bateria do Nexus One dura mais que o do iPhone.


De maneira geral estou bastante satisfeito com a opção pelo Nexus One e o recomendo para aqueles dispostos a explorar seus recursos. Eu já descobri um monte de aplicativos que fazem do Nexus One um aparelho mais útil para mim, mas vou deixar a discussão de aplicativos para outra hora.


Até a próxima!